MINIPLANTA MODULAR de POTABILIZAÇÃO de ÁGUA DOCE
Carta Patente de Invenção INPI nº PI0501387-9

ASPECTOS MOTIVACIONAIS do DESENVOLVIMENTO da MINIPLANTA

Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 1,1 bilhão de pessoas do planeta carecem de instalações necessárias para se abastecer de água, ou por não terem acesso à água potável ou porque os sistemas existentes são insuficientes. Uma criança morre a cada 12 (doze) segundos, a maioria por enfermidades de origem hídrica. Em geral, as doenças atingem aos mais pobres.
Ainda segundo a ONU, estima-se que no Mundo em Desenvolvimento 80% das enfermidades se devem ao Consumo de Água Não Potável e às Más Condições Sanitárias.

A miniplanta modular de potabilização de água doce nasce com o objeto de preservar a Saúde Pública de uma parcela da população excluída social e geograficamente e de pessoas que foram vítimas de algum tipo de desastre da natureza.

A miniplanta modular apresenta o ciclo completo, fechada, porém não pressurizada, compreende os processos de coagulação, floculação, sedimentação, filtração e de desinfecção, se caracteriza pela estrutura constituída por peças leves, em PRFV, montáveis e desmontáveis por juntas flangeadas – fato que facilita a logística do transporte para lugares de difícil acesso – pela simplicidade operacional e baixo custo de manutenção, funciona totalmente por gravidade e pressão gerada pela bomba de adução de água bruta, prescinde de equipamentos eletro-mecânicos em qualquer um de seus processos, inclusive, na sua versão operacional “Somente Energias da Natureza”, dos requeridos para a dosagem das soluções químicas.

A Miniplanta Modular de Tratamento de Água Doce deverá abastecer a pequenos agrupamentos humanos, de zonas rurais ou periféricas de zonas urbanas, a partir de um manancial de superfície com água de qualidade adequada à potabilização.

No caso do abastecimento das populações rurais, naturalmente excluídas geográfica e muitas vezes também excluídas socialmente, que utilizam água “in natura” de mananciais contaminados, a idéia inicial é a de instalar junto à fonte de suprimento módulo da MiniPlanta que processe esta água transformando-a em água potável, fonte segura para o consumo. Em vez das pessoas “encherem os baldes” com a água “in natura”, correndo o risco de contraírem enfermidades, passarão a levar para casa a água potável aí produzida e armazenada.

A idéia inicial não é limitante de aplicação da MiniPlanta de Tratamento. A água potável por ela produzida poderá ser bombeada para um reservatório público localizado mais próximo dos centros de consumo ou transportada para este reservatório por outros meios. Com um passo a mais, poder-se-á construir o sistema de distribuição que leve a água potável para um ponto de abastecimento situado no terreno das casas ou para dentro das próprias residências.

Além da aplicação da miniplanta de potabilização em pontos fixos para atender às necessidades de populações ou atividades permanentes, ela também poderá ser usada para abastecer populações em situações de emergências causadas por catástrofes naturais. Como exemplo, as inundações provocadas por chuvas torrenciais, em geral, danificam as captações de águas de cidades inviabilizando por algum tempo a produção de água potável, cessando o serviço de distribuição à população da localidade. Hospitais, asilos, escolas, creches e outros estabelecimentos similares poderiam ser abastecidos por caminhões pipas (caminhões cisternas) com a água potável produzida por módulos da miniplanta, facilmente transportados e rapidamente montados nas cercanias de um manancial.

Com o intuito de caracterizar o estado da técnica relativa à presente criação, tome-se a catástrofe causada pelas ondas gigantes (tsunamis, ocorridas em DEZ.2004) no sudeste asiático. Os organismos internacionais de ajuda solicitavam ao mundo a doação de tudo para atender à imensa população atingida. Além de alimentos e de medicamentos, era imperiosa a necessidade de água potável. A imprensa noticiou que o Governo do Brasil, como os governos de muitos outros países, enviou alguns aviões cargueiros com as doações, sendo que em um deles 1/3 da carga, correspondendo a 20 toneladas, foi de água engarrafada. Isto significa que foram transportados 20.000 litros de água potável, que certamente saciaram a sede de muitos seres humanos. Pergunta-se: Por que os governos de tantos países não forneceram pequenas unidades de potabilização de água, gerando no local da tragédia a água segura ao consumo? Possivelmente não se dispõe da tecnologia de uma miniplanta de tratamento de água doce ou, se disponível, apresenta dificuldades na logística do transporte e de instalação.

A miniplanta modular de tratamento, ora idealizada, apresenta como uma de suas principais características a praticidade de transporte e as facilidades de montagem e desmontagem, visto que a estrutura de seus módulos é constituída por peças leves unidas por flanges.